Creio que podemos interferir no que chamamos destino, que podemos construir o nosso, com intenções que precisam se transformar em ações diárias, para gerar movimento e resultados. Creio  também  que não estamos aqui por acaso e que as pessoas que já fizeram, fazem e farão  parte da nossa vida são nossos pares, seja  por uma vida inteira, por alguns anos, algumas estações e  sempre nos deixarão aprendizados, recordações de todo tipo, gerando saudade ou desconforto de um tempo especialmente vivido com cada uma delas.

Sempre tento interferir para melhorar os resultados da minha vida, a partir de ações e reações a cada situação que vivo e, de certa forma, pratico isso diariamente. Entretanto, noto que algumas vezes não consigo mudar alguns pontos e por mais que me esforce, sinto que não funciona. Por isso, imagino que quando nascemos, trazemos uma valise  invisível com alguns capítulos prontos e outros semi prontos ou em aberto para serem desenvolvidos diretamente por nós ao longo da vida.

Durante nosso trajeto, teremos oportunidades, mesmo ainda dependentes de ações familiares, de começar a escrever os capítulos da nossa história. Com o passar dos anos, vamos reagindo aos fatos e alimentando a vontade de construir a nossa própria vida, conforme nossa visão e objetivos, dispostos a liderar e arrumar tudo do nosso jeito, ouvindo muitas opiniões, mas vivendo realmente o que acreditamos ser o melhor, de acordo com a nossa real proposta de vida.

O que nos faz crescer é a necessidade de comandar nosso barco, escrevendo e recriando fatos. Mas há alguns pontos que não conseguiremos movimentar, mesmo persistindo, pois esses são capítulos prontos e lacrados naquela tal valise invisível que trazemos ao nascer, para que sejam somente lidos depois que os vivermos e cujas cenas e desfecho só conheceremos quando estiverem acontecendo, sem mudança de roteiro e sem  chance de sair de cena. Percebe-se que algumas vezes, por mais que se insista, as coisas não acontecem do jeito planejado. Nesses momentos, é preciso reconher que o resultado final não depende mais de nós, do nosso empenho e só nos resta entregar nas mãos do tempo, para que ele nos traga quando estiver realmente liberado para vivermos. É o momento de parar, dar um tempo, por entender que nem sempre o resultado, a resposta que precisamos está esforço que fazemos para conseguir algo, mas no silêncio da nossa paciente espera, crendo que está segura nas asas do tempo, que pede um tempo para nos entregar do jeito que tem que ser, independentemente dos nossos planos.

Esses capítulos que vem prontos e lacrados, em especial, são os segredos que o universo reserva a cada um de nós para viver. Por serem capítulos fechados, inalterados da nossa vida, não escritos por nós, são quase sempre mais  difíceis de entendimento e aceitação, mesmo depois de vividos.

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Ceiça Monteiro

Ceiça Monteiro - Acredito na força do pensamento e no poder das palavras, que precisam ser positivas para que nos tornemos mais iluminados.

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