O carnaval se foi e deixou suas cinzas; quem sabe algumas dessas vão durar até o próximo carnaval, se não forem antes espalhadas pelo tempo e apagadas da memória.
Muitas coisas boas e ruins acontecem em grandes festas. O carnaval é uma festa única, avassaladora, quando todos vivem literalmente todas as suas fantasias. Por isso, nem sempre há o devido controle durante esses dias de prazer, quando as emoções se sobrepõem muitas vezes ao bom senso, à mínima razão até o último momento, quando as cinzas se impõem e calam a folia.
Muitos se divertem demais, outros tantos sofrem também pelo excesso, pela cegueira assumida. Os indiferentes são os que menos se expõem. Carnaval é exposição, é libertação, é por tudo pra fora, é vestir a fantasia e representar o que gostaria de ser e viver o que não dá em dias normais, da vestimenta ao comportamento mais liberado. É quando é permitido extravasar e celebrar o ano que passou.
O carnaval nos propõe algo diferente, é a liberação do que está estabelecido. Uns preferem brincar, enquanto outros viajam ou se isolam na cidade para descansar. Nada é igual para ninguém e sentimentos variam, com uns adorando a a festa e outros odiando a farra liberada e abençoada pelo Deus Baco, que propõe o prazer e a orgia nesses dias de muita folia. No fim das contas, só restam as cinzas de uma quarta-feira morna, algumas lembranças e nada mais.
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