Quando nos avaliamos, há uma tendência natural a distorção e vemos em nós mais o que nos eleva e nos faz bem. Geralmente, nos vemos melhor do que somos, menos defeitos e mais qualidades. Entretanto, os que nos cercam são os mais qualificados para nos contestar, principalmente os mais íntimos. E aqueles que não gostam de nós, verão muito além dos nossos significativos defeitos. É assim que acontece, pois raramente somos imparciais quando julgamos um desafeto.
Seremos duros demais usando somente a razão para julgar e seremos frágeis também quando usarmos só o coração. Acertará mais aquele que julgar parte com a razão e parte com o coração, porque será mais justo no seu julgamento, amparado pelo conhecimento dos fatos (razão), pesando também motivos e sentimentos que levaram às consequências (coração).
Acalma o coração pensar que atos sempre dependerão do momento, considerando a dificuldade de ser imparcial em determinados estágios da vida. Às vezes, somos diretamente marcados por situações que nos levam a usar mais o coração que a razão, sem pensar no resultado, mesmo sabendo que se falharmos, seremos também julgados.
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