Às vezes, quando perguntados, não sabemos bem qual seria a melhor forma de responder. A preocupação é que, ao responder, venhamos a chocar quem nos pergunta, pois há assuntos muito complicados, principalmente os de cunho pessoal.
O ditado já diz que se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia. Mesmo quando nos pedem opinião sobre assuntos pessoais, precisamos ser cuidadosos, pois nem sempre as pessoas estão preparadas para uma resposta muito adversa da que esperavam ouvir. Há uma tendência a perguntar para ouvir a própria opinião endossada na resposta do outro. Quando a resposta foge ao esperado, às vezes causa um certo desconforto e, nesse caso, não vale a pena debater as diferenças. Ainda assim, perguntas e respostas são sempre reavaliadas. Não nos damos conta na hora, mas acabamos aprendendo.
Opiniões e conceitos não são imutáveis e o tempo nos faz diferentes a cada experiência e a cada amanhecer não seremos os mesmos. A vida é feita de momentos e os próximos amanhãs nos reservam mudanças, até mesmo quando não as queremos. Mudar não é retrocesso, é crescimento e é por isso estamos aqui, para viver situações, celebrá-las quando acertamos ou lamentá-las, pois somos os principais atores escolhendo viver o que nos agrada ou não. Certamente que é sempre bom viver o que nos gratifica, mas geralmente tudo que nos incomoda é o que nos faz aprender. E como o tempo age e nos modifica, poderemos viver semelhantes situações difíceis similares anos depois e saberemos encará-las sob nova ótica, com menos ou nenhum incômodo, pois já não seremos os mesmos.
Somos seres em movimento, assim como a terra se movimenta, também nos movimentamos interiormente e vamos nos descobrindo e apredendo trabalhar a harmonia entre mente, corpo e alma. E assim, seguimos reavaliando pensamentos, conceitos e atitudes, que se movem numa base que construímos e precisamos manter, mas isso não impede que se desprendam vez ou outra para o nosso aprendizado e equilíbrio.
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