A vida é um grande mistério que tentamos desvendar todos os dias. Como portadores da vida, somos também um mistério, por mais que achemos que nos conhecemos o suficiente para arbitrar em favor das nossas causas.
É preciso um exercício contínuo para promover a própria revelação. Por mais que encontremos atalhos para chegar às portas que precisaremos abrir para desvendar os nossos mistérios e os mistérios da vida, por algumas portas não conseguiremos passar facilmente. Nem sempre porque não podemos, mas porque intimamente não queremos encontrar as verdades dentro de nós para confrontá-las. Não é tão fácil trabalhar o autoconhecimento, pois sabemos que o saber e o sofrer são inseparáveis.
Para que o passeio interior seja natural e pleno, será preciso que nos vejamos como realmente somos e passemos a nos aceitar e a perdoar o que não gostamos em nós. Temos que trabalhar as nossas fraquezas e limitações. Existem portas fechadas dentro de nós que não queremos que se abram. São alguns mistérios que não fazemos questão de desvendar, temendo expor a própria alma.
Quando nos permitirmos abrir essas portas, poderemos sofrer muito ou quase nada; só saberemos o resultado quando acontecer esse encontro, que nos colocará de frente com a própria alma.
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