Nossos problemas, muitas vezes, nos distanciam das pessoas, não por opção delas, mas por nós mesmos.
Muitos fatores contribuem para o afastamento das pessoas, por mais próximas que sejam de nós. Creio que um deles é o silêncio que nos impomos, achando que não convém compartilhar o que nos faz mal, que é melhor nada dizer para não incomodar. Entendemos que é mais confortável permanecer numa concha impenetrável e, assim, paramos de falar e de ouvir, criando uma distãncia entre nós e aqueles que bem poderiam nos ajudar, se permitíssemos.
É preciso buscar sempre ouvidos e ombros amigos para nos ajudar a encontrar um caminho que ainda não imaginamos existir. Quanto mais calados, mais sós, quanto mais compartilhamos, mais ecos para nos mostrar que os elos com com o mundo nos mantêm firmes, que as nossas vozes se integram e ecoam mais fortes dentro e fora de nós.
Temos que agradecer aos não desistem de nós, mesmo quando nos enclausuramos. São eles que nos levam à superfície outra vez e nos ajudam a ver de forma diferente o que tanto nos aflige.
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