Não vale a pena cobrar carinho, zelo, companheirismo e tantos outros tipos de afeto. A troca é a melhor forma de alimentá-los e manter o encanto nas relações. Sentimentos são alimentados e fortalecidos quando trocados, mas se perdem quando cobrados.
Se estamos infelizes ou achando que poderíamos ter muito mais do outro, temos que observar primeiro como nos comportamos, antes de julgar e cobrar. Talvez estejamos nos julgando como perfeitos companheiros e, por isso, querendo receber mais do que realmente merecemos. O fato é que a cada cobrança, teremos menos do outro e a cada julgamento nos tornaremos menos importannte para o outro, que não nos verá com os mesmos olhos e, com o passar do tempo, não seremos mais um complemento, seremos um problema; e quando deixamos de causar um bom pensamento e ser uma boa companhia para os que fazem parte das nossas vidas, pessoas queridas e sem as quais não gostaríamos de viver, é preciso parar e observar onde o elo partiu.
Em qualquer relacionamento, para se sentir querido, se sentir amado, é preciso demonstrar que ama também. É preciso trocar carinhos, gentilezas, informações, saber ouvir e compartilhar para se sentir envolvido e envolver o outro. Sentir o outro no mesmo compasso é fundamental para o fortalecimento do convívio .
Se queremos estar na lembrança de alguém, temos que cativá-lo; para se ter uma boa companhia, temos que ser também ser uma boa companhia; para ser entendido, que sejamos mais claros e não usemos de meias palavras, inventando códigos cifrados para o outro advinhar como se fosse um teste, pois com o tempo o desgaste chega para ficar.
Para somar como alguém especial, precisamos nos desvincular de ciúme tolo, evitar comparações desagradáveis e desnecessárias, conversas que não levam a nada e reclamações sem fundamentos; não devemos desperdiçar momentos prazerosos, pois vale mais a pena escolher sofrer menos e ser mais feliz.
Problemas acontecem, mas as soluções chegam através de diálogos claros e honestos, visando a privilegiar o convívio. Problemas reais são mais facilmente resolvidos; os inventados não sustentam diálogos e bloqueiam a lucidez, que é necessária para transformar e fortalecer as relações.
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